Ah, o Lago Igapó 2... Como se não bastassem os vários capítulos da novela da comporta que rompeu em fevereiro, chega mais um episódio. E não é exatamente daqueles que animam.
A Secretaria de Obras de Londrina anunciou que a reconstrução das três passarelas de madeira, hoje interditadas, deve custar nada menos que R$ 2,4 milhões. O pacote inclui estrutura, fundação e mais alguns serviços no combo.
Pra quem passa por lá (e não é pouca gente), as pontes são parte do charme do Igapó, esse cartão-postal queridinho da cidade. Mas, vale lembrar, tem ponte interditada desde o fim de março.
O problema agora é: quem vai bancar essa conta? A prefeitura admite que não tem dinheiro em caixa e tenta viabilizar o projeto com recursos do Ministério das Cidades ou do governo do Estado. O secretário municipal de Obras, aliás, disse em nota que a prefeitura enfrenta dificuldades financeiras “em quase todas as áreas”. Ou seja, a obra é prioridade... desde que alguém ajude a pagar.
Até aqui, tudo certo. Ou quase.
A parte que me fez torcer o nariz foi descobrir que as novas passarelas não serão mais de madeira. Vão virar estruturas de concreto e aço.
Mais duráveis? Talvez. Mais seguras? Será?. Sejamos sinceros, serão muito mais frias, urbanas e sem o charme que fazem as pontes do Igapó serem, de fato, parte da paisagem.
Madeira é mais do que estética. Ela traz conforto, integra com o verde, combina com o lago até com as caminhadas de quem passa por lá todo santo dia.
Madeira é sustentável, tem conforto térmico (nada de chapa quente sob o sol) e traz uma beleza que concreto nenhum vai entregar.
Aliás em 2025, temos vários exemplos de madeiras duráveis e de acabamento que ajudam ainda mais. Tecologia está aí par isso.
Mas enfim… segundo a prefeitura, os projetos já estão prontos. As passarelas de concreto e aço prometem ser acessíveis, seguras e, espera-se , bem mais duráveis.
Ainda não há previsão de início, muito menos de término, o que é uma forma elegante de dizer: “por enquanto, nada feito”.
Fica a torcida pra que, além do dinheiro, venha também um cronograma.