Na noite de terça-feira (27), foi realizada uma assembleia das professoras das creches filantrópicas.
Cerca de 200 professoras das creches filantrópicas de Londrina lotaram a sede do Sinpro (Sindicato dos Professores das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná) para decidir os rumos da mobilização por um reajuste salarial mais digno.
A proposta apresentada pelos sindicatos patronais no Ministério Público, no último dia 16, acabou sendo aprovada pela maioria. Pelos termos, os salários, que hoje são de R$ 2.291,10 (um valor que mal cobre o básico, diga-se de passagem), passariam para R$ 2.500 em 2025, R$ 2.900 em 2026 e R$ 3.300 em 2027. Uma escadinha lenta — mas que muita gente topou subir.
Só que o ponto mais tenso da noite nem foi a proposta patronal. Foi o silêncio da Prefeitura, que simplesmente ignorou o prazo de 48 horas dado pela Justiça para se manifestar sobre o tema. Diante disso, veio a reação: a assembleia decidiu encaminhar um pedido à Justiça para o retorno da greve a partir da próxima segunda-feira (2), mantendo 60% do efetivo nas unidades — o mínimo legal, pra ninguém dizer que é radical.
Mas... a 24ª Promotoria de Justiça tratou de esfriar o clima de mobilização e respondeu com um: não!
Uma liminar expedida pelo desembargador Carlos Mansur Arida havia suspendido qualquer possibilidade de greve ainda quando a categoria estava paralisada. Agora, a promotora Sezana Lacerda declarou que “deflagrar nova greve, neste momento, significa descumprimento de ordem judicial e arcar com todas as consequências dela decorrentes.”
Hoje tem assembleia do SECRASO e amanhã do SINIBREF, ambos dizem representar as instituições filantropicas, ou seja, os gestores das creches.