Depois dos sindicatos, da Câmara Municipal e da Vara da Fazenda Pública, agora é o Tribunal de Justiça do Paraná que entra na discussão sobre a greve das professoras.
A Justiça deu um prazo de 48 horas para que a Prefeitura de Londrina responda à proposta de reajuste salarial feita pelas professoras dos Centros de Educação Infantil filantrópicos. A decisão foi assinada nesta quinta-feira, dia 22, pelo desembargador Carlos Mansur Arida, da 5ª Câmara Cível do TJPR, o mesmo que determinou, na última sexta-feira, que as professoras voltassem ao trabalho na segunda, dia 19.
Com esse novo despacho, na prática, se a prefeitura não apresentar uma resposta dentro do prazo, o próprio desembargador vai decidir se a greve pode ou não continuar.
Vale lembrar que o pedido de reconsideração da greve já tinha sido feito pelo Sinpro (Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná), no dia 19 de maio.
O sindicato aguarda a resposta da prefeitura para decidir os próximos passos da mobilização.
Esse impasse vem desde o início do ano e tem uma razão bem clara: a diferença salarial entre as profissionais das creches filantrópicas e as das creches administradas diretamente pela prefeitura. Só pra ter uma ideia, enquanto uma professora de CEI filantrópico recebe hoje cerca de R$ 2.300, uma professora da rede direta ganha R$ 4.800. É mais do que o dobro!
A proposta de reajuste foi protocolada no dia 16 de maio, durante uma reunião no Ministério Público de Londrina, com a presença dos sindicatos patronais. Na ocasião, a prefeitura prometeu dar uma resposta. Mas até agora... nada.
Agora, com a Justiça no meio, o jogo muda. E a categoria segue esperando. Esperando, mas trabalhando, respeitando a liminar da semana passada.