Londrina teve um momento digamos, curioso: o prefeito Tiago Amaral viajou para Nova York em agenda oficial e, segundo a assessoria, segue despachando de lá.
Já o vice-prefeito, Júnior Santos Rosa, esteve em Curitiba durante a terça-feira, para tratar de um convênio da Prefeitura, voltou à noite.
Com os dois fora da cidade ao mesmo tempo, mesmo que por horas, o certo seria o presidente da Câmara assumir interinamente o cargo. É o que determina a Lei Orgânica de Londrina: em ausências simultâneas do prefeito e do vice, quem responde pelo município é o chefe do Legislativo. Mas... não foi bem assim.
Nem um comentário na sessão da Câmara. Nenhuma manifestação formal. Nem da líder do governo, nem da presidência da Casa. Passou batido.
É bom lembrar: pela Lei Orgânica do Município de Londrina, não é necessário transmitir o cargo formalmente se a ausência for de até 15 dias. Mas a regra da sucessão imediata existe exatamente para garantir que sempre haja alguém com a caneta na mão. E comunicar isso é, no mínimo, questão de responsabilidade institucional.
O episódio mostra que a nova gestão ainda está aprendendo os trâmites da função. E, no meio do caminho, parece que esqueceram um detalhe importante: a cadeira de prefeito nunca pode ficar vazia, mesmo que por pouco tempo.
Afinal, algo urgente pode acontecer na cidade neste período, como por exemplo, uma greve.