A greve das professoras dos CEIs filantrópicos de Londrina segue firme. E, antes que alguém diga o contrário: sim, com aval da Justiça.
A liminar expedida pela Vara da Fazenda Pública reconheceu o direito de greve (o óbvio que precisa ser dito), mas determinou que pelo menos 60% dos serviços nas creches sejam mantidos durante o movimento.
A decisão judicial ainda prevê multa diária para os CEIs que não cumprirem esse mínimo.
Mas também prevê multa para qualquer gestor que tentar impedir alguém de aderir à greve. Mil reais por caso comprovado.
Segundo o presidente do Sinpro, André Cunha, a decisão da Justiça será respeitada, mas agora a Prefeitura, ou as instituições que cuidam das creches, precisam dizer como vai funcionar esse “60%”.
Afinal, não dá pra esperar chegar 60% das crianças e fechar a porta, mandando as outras voltarem pra casa!
E quanto às professoras: como definir quem fica e quem para?
A cereja do bolo, claro, é a tentativa da Prefeitura de deslegitimar o movimento, alegando que o sindicato patronal das entidades filantrópicas não foi comunicado. Na minha opinião, tiro no pé.
Enquanto as trabalhadoras se organizam pra lutar por salários melhores, a gestão municipal tenta desviar a conversa pra disputa de representação sindical.
No fim das contas, a greve continua. E a Prefeitura, tentando saber o que fazer sem o prefeito, o vice nem a secretária de Educação na cidade.