Hoje, mais uma vez, a novela dos totens desativados da Guarda Municipal ganhou um novo capítulo na Câmara de Londrina. E, sinceramente? Era pra esclarecer, mas acho que só confundiu mais.
O presidente da CTD (Companhia de Tecnologia e Desenvolvimento), Roberto Moreira, apareceu para dar explicações sobre o imbróglio. Segundo ele, a CTD não é a responsável direta pelo serviço, ela apenas atua como “intermediária” entre a Prefeitura e a empresa contratada, a Relper. Segundo o secretário, um rompimento, ou no momento, a diminuição, não tem impacto nos custos.
O problema? São dois contratos: um da Prefeitura com a CTD, e outro da CTD com a Relper. Sim, um telefone sem fio pago com dinheiro público.
A CTD paga para a Relper R$ 14.838,00 mensais pelo serviço e a Prefeitura paga R$ 17.600,00 para a CTD.
A CTD deveria servir para facilitar os contratos e as parcerias. Mas a pergunta é: facilitar pra quem? Pro contribuinte, definitivamente, tá saindo mais caro. Uma diferença de R$ 2.762,00 por mês.
No fim das contas, dois totens foram retirados e ainda não foram recolocados, nem mesmo os modelos mais modernos para teste.
O contrato continua em vigor, e a CTD, que deveria ser parte da solução, acabou se tornando mais um problema. O que era para ser uma explicação virou, na verdade, mais um ponto de interrogação.
Roberto Moreira foi à Câmara acompanhado de Felipe Juliani, secretário municipal de Defesa Social, que fez uma apresentação explicando o motivo da retirada dos totens. A justificativa? A mesma de sempre. Enquanto estiveram em funcionamento, os totens não resultaram em nenhuma prisão.
Após as falas dos secretários, o vereador Emanoel (Republicanos), responsável por convidar os secretários para prestar esclarecimentos, explanou sua indignação. Ele ressaltou que os totens, oferecem sensação de segurança e um canal de comunicação com as forças de proteção.
Os objetos realmente não estão nos locais para fazer o papel da policia nem da guarda de prender os contraventores.
Parece óbvio. Mas teve que ser dito.