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Secretarias de Gestão Pública na mira do prefeito e do corregedor

Corregedoria agora vai investigar quem deixou o problema se arrastar por quase 20 anos

Bruno Cardial
Por: Bruno Cardial
02/05/2025 às 09h42 Atualizada em 08/05/2025 às 08h41
Secretarias de Gestão Pública na mira do prefeito e do corregedor

Tem coisa que parece maldição de filme antigo. O barracão do antigo Instituto Brasileiro do Café (IBC), na zona oeste de Londrina, é uma dessas histórias que se arrastam, ganham poeira (literalmente) e parecem não ter fim. Mas agora o caldo engrossou: além da força-tarefa com 11 secretarias municipais para tentar dar jeito na bagunça acumulada desde 2005, a Controladoria-Geral do Município resolveu atuar.

O controlador-geral Guilherme Arruda Santos confirmou que vai investigar a fundo tudo o que aconteceu (e o que deixou de acontecer) ali dentro nas últimas quase duas décadas. A sindicância pode alcançar ex-secretários e servidores da Secretaria de Gestão Pública, que, ao longo de quatro gestões, não conseguiram dar conta do galpão. E olha que tempo não faltou.

O barracão foi cedido ao município em 2005, ainda na gestão do então prefeito Nedson Micheleti (PT). Depois vieram Barbosa Neto (PDT), Alexandre Kireeff (PSD) e Marcelo Belinati (PP). E adivinha? O problema continuou igualzinho, ou até piorou.

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Matérias ainda do saudoso JL (Jornal de Londrina, que existiu até 2015) já mostravam o barracão como símbolo da desorganização pública. Em 2011, por exemplo, uma reportagem denunciava que o espaço abrigava equipamentos caros abandonados, materiais de construção esquecidos e veículos se deteriorando. Ou seja: não dá para dizer que ninguém sabia.

Agora, com um grupo de trabalho criado por decreto municipal, a meta é, finalmente, organizar o espaço, que está pior que quarto de adolescente. A primeira reunião aconteceu nesta quarta-feira (1º), com a participação de representantes de 11 órgãos da Prefeitura. O objetivo é fazer um levantamento completo dos itens armazenados, apontar o que serve, o que pode ser reaproveitado e o que vai direto para o leilão.

O secretário de Gestão Pública, Leonardo Carneiro, explicou que tudo foi dividido em três categorias: materiais que ainda serão usados, itens que podem ser destinados para outras finalidades, e aqueles irrecuperáveis, que precisam ser descartados corretamente. E vem leilão por aí ainda neste ano.

Apesar de toda a confusão, a Prefeitura ainda considera manter o local como almoxarifado, mas, claro, depois de passar por uma regularização. E há até a possibilidade de terceirizar a gestão logística para evitar repetir o erro de deixar tudo se empilhar por mais 20 anos.

Só que tem um detalhe: desde 2023, a ocupação do espaço está ilegal. Isso porque o contrato de cessão foi cancelado após o município não cumprir a promessa de instalar ali um centro logístico.

A Controladoria também já encontrou processos arquivados sem justificativa e promete que o trabalho será minucioso. Conversei com o controlador Guilherme Arruda que disse que “Pode haver responsabilizações e sanções administrativas”.

Resumindo? A novela do IBC ganhou novos capítulos — com investigação, pressão e promessa de mudança.

 

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