Com o frio do outono dando as caras no Paraná, junto com ele vem os conhecidos vírus respiratórios.
O Laboratório Central do Estado (Lacen) soltou um alerta sobre o vírus sincicial respiratório (aquele famoso VSR) e o Influenza A (o da gripe, mesmo) que estão muito forte nas últimas semanas.
Vamos aos números: o VSR teve um salto de 133,55% nos testes positivos, pulou de 6,43% em março para 15,02% em abril. Já o Influenza A foi ainda mais ousado: subiu 497,78%! Sim, quase 500%. Em março, só 0,90% das amostras davam positivo. Agora, já são 5,38%.
Esses dados vieram da análise de mais de 3 mil amostras coletadas entre março e abril.
Foram 1.881 em março e 1.132 em abril, todas processadas pelo Lacen e pelo Gerenciador de Ambiente Laboratorial, o sistema de exames. Além dos vilões da vez, o laboratório também monitorou outros vírus, como SARS-CoV-2, Influenza B, rinovírus, metapneumovírus e adenovírus. Mas esses, por enquanto, estão só de figurantes na novela das doenças respiratórias.
Pra quem não lembra: o VSR é um dos grandes responsáveis por infecções respiratórias em crianças pequenas, principalmente os recém-nascidos. É ele quem tá por trás de muitos casos de bronquiolite, que faz pai e mãe correrem pro hospital. Já o Influenza A é aquele da gripe de respeito, com direito a febre, dor no corpo, cama e chazinho. E não dá pra esquecer: ele tem seus subtipos mal-humorados, como o H1N1 e o H3.
Tudo isso só pra lembrar que tem muita gente anti-vacina por aí!
Mas a campanha de vacinação contra a gripe começou no Paraná no dia 1º de abril. Até a última terça-feira (22), só foram aplicadas 322.008 doses. Parece muito, mas diante do tamanho da população e da quantidade de grupos prioritários, não é nada.
Crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos com 60+, gestantes, puérperas, profissionais de saúde, professores, indígenas, pessoas em situação de rua, forças de segurança, caminhoneiros, galera do transporte público e até quem tá preso: todo esse povo faz parte dos grupos que devem tomar a vacina. Mas, né... sempre tem quem ache que “é só uma gripezinha”.