Na reforma da quadra do Conjunto Habitacional União da Vitória, parece que o pessoal saiu em férias e não voltou.
O que era pra ser uma simples reforma virou cenário de abandono.
Os vereadores da Comissão de Administração, Serviços Públicos, Fiscalização e Transparência da Câmara Municipal de Londrina fora, fazer uma vistoria e encontraram telhas jogadas, ferramentas largadas e um silêncio de quem já desistiu desde dezembro.
A obra começou lá em fevereiro de 2024, tinha contrato prevendo entrega em seis meses, ou seja, já era pra estar pronta. Mas segundo a vizinhança, os trabalhadores sumiram do mapa em dezembro e nunca mais deram as caras.
A missão dos vereadores era visitar quatro obras em andamento (ou em pausa permanente) na zona sul da cidade. A ordem do dia: checar se tem obra rolando mesmo ou só no papel.
Além da quadra abandonada, a comitiva formada por Chavão (Republicanos), Marinho (PL) e Régis Choucino (PP), passou por três outros locais: o Pronto Atendimento Municipal (PAM) da Região Sul, o Centro Cultural da Zona Sul (Praça da Juventude) e o Fundo de Vale do Córrego Jerimu.
Mas o destaque (negativo) mesmo ficou por conta do tão prometido PAM. A unidade, que começou a ser construída em janeiro deste ano com prazo de entrega de 300 dias, está com apenas 34,68% da obra executada. É isso mesmo. Um terço da obra feita em quase metade do tempo. E o mais curioso: no local não havia nem engenheiro, nem responsável técnico.
A empresa responsável, a Pires Construções e Engenharia Ltda, alegou por telefone que há dificuldades com a segurança do canteiro.
A visita foi motivada por um Pedido de Informações enviado pela comissão à Prefeitura, que listou as obras públicas em andamento.
Se nem com vereador em cima as coisas andam, imagina sem. A população da zona sul, mais uma vez, vai ficando na espera. Espera de uma quadra, de um pronto atendimento, de um mínimo de respeito.