Parece que o ovo de galinha está se inspirando nos ovos de Páscoa. Quem diria que, em pleno fevereiro e março, o preço desse item básico da nossa alimentação subiria de forma tão estratosférica?
O IBGE trouxe uma pesquisa recente que revela que o preço do ovo chegou a quase 20% de aumento no Brasil.
Consideramos a Quaresma, aquele período no qual muitos católicos dão uma pausa na carne, e, com isso, o consumo de ovos aumenta. Mas se você acha que esse é o único motivo, eu já te adianto: não é.
A natureza e o mercado também colaboraram para essa alta, e não podemos ignorar esses detalhes. As recentes ondas de calor, por exemplo, deixaram as galinhas estressadas (sério, elas ficaram estressadas). E, como qualquer ser vivo que sofre com o calor excessivo, a produção diminui, além de um aumento na mortalidade desses animais. Ou seja, menos galinha, menos ovos, e, claro, o preço lá em cima.
Ah, e o milho? Pois é, aquele cereal básico da ração também encareceu, o que fez a conta dos criadores de galinhas disparar. Não tem como escapar: o mercado de ovos ficou caro, muito caro. E, sim, a inflação tem seu papel nisso tudo. Assim o ovo se tornou um dos vilões do bolso do brasileiro.
No entanto, nem tudo é uma tragédia. Ao que tudo indica, nas últimas semanas, o preço nas granjas já começou a cair. Como diria minha avó: "final de mês é sempre mais apertado", e com o salário já indo embora, o consumo de ovos diminuiu. Além disso, muita gente ficou tão assustada com o preço de um simples ovo que resolveu reduzir a quantidade na compra.
Não é para menos: um ovo de galinha está quase virando item de luxo.