O Parana é o Estado em que se tenta vender a Celepar, privatizar as escolas, e cobrar até para visitar a ilha.
Se você ainda não passou aquele dia ensolarado na Ilha do Mel, corra! Em breve a Ilha, que já é um dos maiores cartões postais do litoral paranaense, está prestes a entrar no radar de mais uma "privatização disfarçada".
O governo do Paraná anunciou que pretende cobrar uma taxa de entrada dos turistas, provavelmente já no primeiro semestre de 2025. Não é para assustar, mas é claro que isso vai mexer no bolso de quem adora um passeio por lá.
A taxa ainda não tem valor definido, só um valor aproximado. O superintendente-geral de relações institucionais do Governo do Estado, Renato Adur, sugeriu que o valor fique na casa dos R$ 20. Para justificar esse valor, o governo vai seguir "critérios técnicos", ou seja, vai medir o número de visitantes e talvez até comparar o preço com o de lugares badalados como Fernando de Noronha, em Pernambuco.
A travessia para a Ilha, que pode ser feita tanto de Pontal do Sul quanto de Paranaguá, tem um custo de aproximadamente R$ 22. Ou seja, já existe um custo fixo para chegar lá, e agora parece que os turistas vão ter que desembolsar ainda mais para curtir a paisagem.
Fica a dúvida: a Ilha do Mel vai ser uma versão mais acessível da ilha pernambucana, ou o Paraná vai mesmo apostar em um "luxo popular"?
A grande motivação por trás dessa cobrança, segundo o governo, é garantir a manutenção dos terminais em Pontal do Sul, Paranaguá, Encantadas e Brasília. Isso inclui até mesmo ações ambientais e educacionais para promover o local.
A Ilha do Mel já não é mais o refúgio tranquilo de antes. Parece que o governo está tentando, aos poucos, "modernizar" o lugar, colocando-lhe uma etiqueta de turismo pago. Resta saber se essa nova cobrança vai melhorar a estrutura e a preservação, ou se será apenas mais uma manobra de privatização disfarçada de boa intenção.