A confusão em Assaí não foi somente no campo político, mas sim no literal: entre socos, empurrões e um clima que parecia de filme de ação, os vereadores Paulo Cezar Miyasaki, o "PC Caminhoneiro" (PSB), e Carlos Júnior da Silva, o "Juninho do Cartório" (PL), protagonizaram a cena da semana no município.
A briga, que aconteceu logo após a sessão de 11 de março, fez com que a Mesa Executiva da Câmara decidisse suspender ambos os parlamentares de suas atividades na Casa por 30 dias. Claro, a medida ainda precisa ser ratificada pelo plenário em uma sessão extraordinária hoje, quinta-feira, mas, a julgar pela gravidade do episódio, a decisão tende a ser confirmada.
O início do "desentendimento" (se é que dá para chamar assim) começou de forma até que discreta, mas, como toda boa confusão, escalou rapidamente. Câmeras da própria Câmara captaram o exato momento em que PC iniciou uma discussão com Juninho. O clima ficou quente, Juninho se levantou e... bem, o que seria uma simples troca de palavras se tornou vias de fato.
Em meio à bagunça, PC Caminhoneiro teria dito (registrado no B.O.), que iria atrás de uma arma de fogo. Aí, a coisa realmente pesou. A situação ficou feia para os dois vereadores, que agora estão temporariamente proibidos de pisar no prédio da Câmara. Eles ainda poderão participar das sessões e comissões de forma virtual, mas a medida é, claro, uma tentativa de garantir a segurança dos envolvidos (e do restante dos "tranquilos" parlamentares e servidores que ainda preferem um ambiente de trabalho sem surpresas).
Não demorou muito para o presidente da Câmara soltar uma nota condenando a violência, afirmando que "não será tolerado" qualquer tipo de ato agressivo, sem importar quem seja o autor. E, claro, prometendo investigar tudo. Como se a briga já não fosse suficiente, agora, os vereadores correm o risco de enfrentar uma Comissão Processante, que também será votada hoje, quinta-feira.