No Dia Mundial das ONGs, celebrado em 27 de fevereiro, a Câmara Municipal de Londrina recebeu representantes do Terceiro Setor para discutir sua importância e impacto na cidade. A instituição, que concede o título de utilidade pública, aprova ou recusa concessões e avalia convênios com organizações não governamentais, abriu espaço para o debate durante a sessão desta quinta-feira.
Quem puxou a conversa foi Daiane Gomes, presidente da Governança do Terceiro Setor em Londrina. A fala no plenário destacou o papel essencial das entidades do Terceiro Setor no dia a dia da população. O plenário estava bem representado, com lideranças e membros de diversas organizações locais acompanhando a discussão.
Para quem ainda não conhece, o Terceiro Setor é formado por instituições privadas sem fins lucrativos que atuam em áreas fundamentais, como saúde, assistência social e educação. Essas organizações recebem esse nome justamente por não pertencerem nem ao poder público nem ao setor privado, mas sim a um "Terceiro Setor", um segmento intermediário que desempenha um papel crucial na nossa sociedade todos os dias.
O impacto não fica só na teoria. Daiane Gomes trouxe um dado que merece destaque: só em 2024, cerca de 10 mil crianças na educação infantil foram atendidas por instituições do Terceiro Setor conveniadas com a Prefeitura, as creches filantrópicas chamadas de CEI - Centro de Educação infantil. Isso sem contar entidades históricas da cidade na área da aprendizagem, como a Guarda Mirim e a Epesmel, na área da saúde como o Hospital do Câncer e o Hospital Evangélico, que há anos prestam serviços essenciais à população.
E os números não deixam dúvidas sobre seu peso na economia: em nível nacional, esse setor movimenta R$ 174,83 bilhões, representando 1,5% do PIB e garantindo emprego para cerca de 2,5 milhões de brasileiros. No Paraná, a influência segue relevante, com 3,29% do valor da produção e 2,2% dos empregos formais. Em Londrina, são 2.909 entidades registradas, que fazem a diferença na vida de muita gente.
O vereador Emanoel aproveitou a ocasião para lembrar que a própria Câmara também se beneficia dessas parcerias. Além do Senai, a CML tem convênio com a Fauel (Fundação Universidade Estadual de Londrina) para gestão documental, o que garante mais transparência e eficiência nos processos internos. E, claro, ele fez questão de reforçar a necessidade de fortalecer essas instituições que, na prática, são fundamentais para o bem-estar coletivo.
O Terceiro Setor não é apenas um complemento ao trabalho do poder público. Ele é, muitas vezes, a peça-chave para que serviços essenciais cheguem a quem mais precisa, e nós nos relacionamos com alguma entidade do Terceiro Setor todos os dias.